Em 1901 Luigi Campanari chegou no Brasil


Nossa história começa em 1901, quando Luigi Campanari, meu bisavô, deixou a cidade de Téramo, na Itália, e embarcou no navio Ordenais rumo ao Brasil. Com ele, trouxe seu conhecimento sobre a grapa, um destilado feito a partir do bagaço de uva, aprendido em sua terra natal. Ao chegar, Luigi trabalhou em fazendas de café em Serra Negra, na cidade vizinha, juntando o que podia para construir um futuro melhor.

Com o tempo, ele conseguiu adquirir um sítio no bairro Lambedor, em Monte Alegre do Sul. Foi ali que ele iniciou a produção de cachaça, adaptando seus conhecimentos para os recursos locais e construindo as bases de uma tradição familiar que atravessaria gerações. Luigi teve oito filhos, mas apenas um deles, meu avô Adolfo Campanari, decidiu continuar o legado da cachaça. Da mesma forma, Adolfo teve também oito filhos, e o único a seguir com a tradição foi o meu pai, Neno Campanari.

Neno trouxe uma visão inovadora para a produção, dedicando 18 anos a intensos testes e estudos para aprimorar tanto a qualidade química quanto a sensorial da cachaça. Ele experimentou diferentes tipos de cana, métodos de fermentação e formatos de alambique, sempre buscando a excelência. Durante esse período, ele começou a participar de concursos promovidos por universidades como a UNESP de Araraquara e a USP de São Carlos, onde conquistou diversos prêmios e chamou a atenção de professores e pesquisadores.

Com o interesse acadêmico, nosso alambique se tornou palco para teses e pesquisas de estudantes de graduação, mestrado e doutorado, especialmente nas áreas de química, engenharia de alimentos e agronomia. Esses estudantes trabalhavam lado a lado com o meu pai, unindo a teoria à prática em uma troca de conhecimentos que elevou ainda mais a qualidade da nossa produção. Meu pai provou que a simplicidade pode ser extraordinária, utilizando métodos artesanais e respeitando o saber popular.

Atualmente, seguimos com essa tradição, mas de forma ainda mais consciente e cuidadosa. Plantamos apenas espécies crioulas de cana e milho, sem modificação genética, preservando variedades antigas que carregam mais sabor e história. Nosso processo de fermentação é caipira e natural, sem diluir o caldo de cana, mantendo a essência autêntica da produção tradicional.

O resultado é uma cachaça de sabor único, fruto de um cuidado minucioso e de uma herança que une gerações. Hoje, eu, Máira Campanari, junto com meu pai Neno e minha irmã Maria Carolina, mantemos viva essa tradição com muito amor e dedicação. Com quase 100 anos de tradição e acúmulo de conhecimento, nossa história é refletida em cada garrafa. Mais do que uma bebida, nossa cachaça carrega a história da nossa família, da nossa terra e da cultura brasileira.

Tradição de pai pra filha

Hoje Máira e seu pai Neno produzem as cachaças e licores desde o preparo da terra para o plantio da cana, com cuidado nos mínimos detalhes para que quando você degustar nossas cachaças ou nossos licores, você ter uma experiência única!

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Cachaça Campanari
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